20 de dezembro de 2009

Ensaio

SERES CAMALEONTE

Na minha concepção cosmológica o Amor é o quinto elemento o ódio o sexto.
Pois, não domino o ar, a terra, o fogo, a água nem o Amor e nem o Ódio. 
E defino cada pessoa como as pedras da catedral de Rouen reproduzidas por Monet. 
De maneira que as pessoas possam ser:
· Brumas azuladas, cor do céu - suaves ou destruidoras - como o vento.
· Ocre do sol poente - aconchegantes e quentes.
· Esmeraldas e submarinas – incompreensivas – frias.
· Marrom e cinza – temperadas – como o solo preparado para a semente. 
E acrescento mais duas cores aos seres camaliontes.
· Vermelhas – as odiosas – como sangue derramado nos momentos de raiva
· Brancas – as Amadas – esperançosas como a pomba de Moisés.
Posso odiá-las.
Posso amá-las.
E não depende de mim, pois, também não sou controlável. 
Ora sou um único elemento, ora sou dois, ora sou até três cores num só instante.
Assim, são as pessoas que mudam de uma cor para outra, como se fossem vistas pela primeira vez. 
Somos compostos de cores e isso torna a minha vida  como o Monte Olímpo... 
Deus do Amor... Deus da beleza... Deus da guerra... Deus da natureza...
Mas... preciso de todos esses elementos e de todos esses Deuses camuflados para continuar a Existir.

Andréia Fontini

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