"A alucinação proporcionada era fascinante. O som dos passos era a nossa música. E ela estava intensa, rítmica, densa, pesada como um martelo. Poderia ser melhor? Presumo que não.
Dancei, dancei, dancei, dancei e, quando me preparava para dançar novamente, um enfarto fulminante levou-me. Já era manhã, o Sol estava relativamente alto. Os alvos faziam o caminho para o trabalho, alvejando-nos enquanto tentavam desviar dos velhos loucos, como diziam. Era mentira. Algumas damas, muitas ainda estudantes, ainda estavam por lá: exímias bailarinas, exímias ninfetas. A massa, que se reunira no alto da noite, em verdade já havia ido. Mas não nós. Digo: mas não eles. Afinal morri antes de ver o término do baile."
2 comentários:
Agradecido.
Gostei Felipe.
Um tom de realismo...
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